Rua Ernesto da Fontoura, 735 - São Geraldo - Porto Alegre

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domingo, 8 de junho de 2008

A Mulher Samurai

Uma destacada e mentalmente estimuladora característica da maior parte das culturas antigas é o papel desempenhado pelas mulheres na história e direção dos assuntos do clã. A historiografia parece minimizar os aspectos iniciais matriarcais das unidades sociais do homem; os pontos de vista freqüentemente míopes dos cronistas de épocas posteriores, inclinados a reforçar as noções preconcebidas de seus protetores, tinham a tendência, em grande medida, de denegrir a função da mulher na história militar das primeiras civilizações ou a ignoravam completamente. As sagas antigas, os descobrimentos arqueológicos e o trabalho dos antropólogos indicam, entretanto, uma ampla participação das mulheres na vida de um clã ou da tribo nos tempos pré e proto-históricos das terras geladas do norte da Europa às lendas Avallonianas, aos clãs Celtas da Europa Ocidental, na antiga Esparta, assim como nas tribos nômades que vagavam pelas estepes da Mongólia e, é claro, em muitas culturas de clã do sudeste asiático e China.
Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Aninha do Bentão e posteriormente como Anita Garibaldi, nasceu em Laguna, atualmente Morrinhos – SC, em 30 de agosto de 1821, vindo a morrer com apenas 28 anos em 04 de agosto de 1849. Viveu pouco tempo, mas entrou para a história, numa época em que a mulher era vista como um ser submisso e de poucas decisões. Seus gestos de bravura e coragem, quando em defesa de seus ideais de liberdade, lhe renderam o título de Heroína dos Dois Mundos – que lhe foi atribuído em função de ter lutado primeiramente aqui no Brasil e ter morrido lutando na Itália, por sua unificação. Com Giuseppe, Anita participa das lutas em Imbituba, na tomada de Laguna, e em Curitibanos, onde foi capturada. Conseguiu fugir e, em Lages, às margens do Rio Pelotas, atuou como enfermeira para os poucos sobreviventes. Apesar de se tratar de uma heroína que morreu há mais de 150 anos, sua memória é guardada até hoje. Anita Garibaldi empresta seu nome a dois municípios em Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis, a uma Praça em Curitiba – PR, e a uma fundação que tem o objetivo de zelar e restaurar o acervo histórico, estimular a pesquisa e os aspectos culturais que tiverem relação com a vida de Anita Garibaldi. Em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, existe também uma rua com o seu nome.
No Japão, o papel originalmente predominante da mulher encontra a sua primeira expressão nos documentos mitológicos dessa terra que tradicionalmente dá ênfase na supremacia de Amateratsu, a deusa solar, entre todas as deidades do panteão japonês, assim como a igualdade da posição de Izanagui, a fêmea, com a de Izanami, o varão, no nível da luta. A grande sombra projetada pela antiga influência matriarcal observa-se assim mesmo no predomínio do culto solar, que era feminino na sua concepção japonesa original.

A Ordem do Dragão, juntamente com o Núcleo Profissional de Artes Marciais estará homenageando no próximo dia 10 de junho – terça-feira a 1º Equipe Feminina – Fight – RS formada pela Professora Juliana Beck Bianchini a partir das 19h00min na sede da Ordem (Rua Gal. Bento Martins, 302 - Centro / Porto Alegre), fone: 3226.9904. Tendo como seguimento uma palestra sob o tema principal "A Mulher", um super treino recheado de surpresas, sessão de fotos e certificação. Vale lembrar que Juliana Beck é uma das primeiras mulheres a se formar nessa modalidade, porém a única pelo que se sabe, no estado do Rio Grande do Sul que é proprietária de sua escola onde ministra aulas e forma guerreiras que fazem parte desta equipe.
Agradecendo desde já a força feminina que tem crescido dia-a-dia em nossa família.


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